Fazemos um esforço muito grande para não decepcionar as pessoas, mas eventualmente isso irá acontecer e a vida é um constante pisar firme sobre todos os ovos. Quer dizer, não há ovos intactos e somos seres falíveis em tudo, por mais óbvio que isso seja e por mais difícil seja incorporar essa mentalidade em nossos modos de viver. Sempre que se aproxima o final do ano, e parece que esse ano não acaba nunca, pensamos em todos os possíveis que não realizamos, todos os erros que cometemos ou deixamos de cometer, lembramos toda dor e angústia de um ciclo tal como os outros. E como seria mais fácil viver dentro de uma programação que obedecesse toda a previsibilidade de viver sem riscos, sem dor, sem sofrimento, sem a torturante dúvida do dia de amanhã. Por isso criamos mapas, céus, cartas que nos guiam nessa escuridão do viver uma vida que contranaturalmente nos joga na solitária e dura realidade de sermos livres como seres humanos para construir e criar nossos próprios sentidos, como se isso nos afastasse eternamente de qualquer herança selvagem, qualquer herança animal predisposta, qualquer instinto inevitável de seguirmos os caminhos do destino, qualquer destino. E assim trocamos rotas, trocamos trocamos veredas e desejos.
Somos os filhos da Revolução. Somos burgueses sem religião. Somos o futuro da nação.
19 novembro, 2017
04 novembro, 2017
4 de novembro de 2017
O trabalho intelectual é sobrevalorizado quando se trata de crises existenciais e filmes indie. É sempre um sujeito que está no meio de uma crise e escreve um romance. Penso que as funções terapêuticas das enxadas são menosprezadas nesses casos. Eu mesmo, no meio de um episódio depressivo profundo, faço uso da enxada para me livrar das ervas daninhas do meu pequeno lote de terra no subúrbio.
Assinar:
Postagens (Atom)