15 março, 2015

Golpistas não passarão, não desta vez!

Assisto atônito as notícias veiculadas na mídia, tv/internet sobre o dia de hoje e é a primeira vez que sinto medo. A história se repete, é visível as comparações com a história. Me remetem diretamente às marchas do partido nazista nas avenidas de Berlim, me remetem à tensão que derrubou Jango, sinto cheiro de conservadorismo e autoritarismo na cores da bandeira. Minha geração não viveu a escuridão da ditadura militar, mas temo que viva uma reedição. Quando vejo faixas com suásticas, pedidos de intervenção militar e palavras violentas nos cartazes, sinto cheiro do mais podre travestido de manifestação pela democracia. Não havia democracia no terceiro Reich, não existiu democracia durante a ditadura militar. A história fala de campos de concentração, de perseguições e torturas, a história nos mostrou caminhos que não devemos seguir e golpistas não passarão sem resistência. No Brasil é assim, a elite branca só se manifesta quando se sente ameaçada, daí cria seus bodes expiatórios. Desta vez não será assim, a verdadeira voz das ruas amordaçada pelos grilhões do clientelismo político será ouvida em toda sua potência.

01 março, 2015

Das amizades

Das amizades

De algum recôndito canto do espaço, do espaço entre os corpos, espaço entre a linguagem reside; Sujeito igual no mundo não há, no sujeito mundo igual não há; O olhar atravessa por entre as frestas, da fenda do afeto no meio do nada; Seja sonho ou seja paisagem, nada no meio fez-se a pousada; Sereno da noite na noite serena; De rima distante na minha passada; No canto recôndito amigo do meio, linguagem de frestas, afeto do nada.

01 de março de 2015