27 agosto, 2011

Ponto de Mutação

Por mais que a ciência se perca nas respostas, as perguntas ainda são feitas por ela. Uma ciência tão exata quanto a física, quando já não pode dar todas as respostas aos questionamentos do mundo, ou porque já explorou tanto o inexplorado ou porque chegou num ponto onde as respostas já beiram o absurdo ela, a física volta a dar todas as respostas que necessitamos, nem que para isso precise entrar no campo da mística oriental.

O filme é muito interessante e talvez seu principal objetivo seja suscitar-nos muitos questionamentos, porém não foi isso que senti. Ficamos um pouco esgotados por tantas explicações sobre o funcionamento do universo. O que nos chamou a atenção é que o ilógico é lógico e que a ordem se faz pelo caos, mas a preocupação continua a mesma, padronizar, sistematizar, esclarecer. Não que isso, a curiosidade, não fosse importante para a ciência, mas me cansei um pouco dessas respostas.

Pensamos que se o objetivo do filme era fazer uma crítica ao modelo científico até então adotado para compreender o mundo, um modelo newtoniano ou cartesiano, ele só confirmou isso, não fez nada de diferente. A preocupação da cientista durante o filme foi explicar tudo minuciosamente numa espécie de monólogo, uma aula aberta para os dois desenganados com a realidade. Mostrar o quanto ela sabia, quanto conhecimento ela era detentora, o quanto ela podia explicar. Se eu tivesse que resumir todo o filme em uma palavra seria "explicação". Achamos que o texto do Capra é muito revelador, mas explicativo demais... 

Comentário Crítico sobre o Filme MindWalk - Ponto de Mutação

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